O futuro existe já no presente, no formato de espectralidade, igualmente como no filme Interstellar onde a nossa projeção no futuro define o nosso presente.
A carta de Chico Mendes chamada “Jovens do Futuro” que nos projeta na Amazônia do 2120, num futuro que está acontecendo agora, aqui, na medida das nossas escolhas.
Para criar um futuro, e termos um futuro, precisamos primeiramente ter a força, lucidez e imaginação de nos projetar no tempo, de ter uma visão positiva da vida, para que...
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O futuro existe já no presente, no formato de espectralidade, igualmente como no filme Interstellar onde a nossa projeção no futuro define o nosso presente.
A carta de Chico Mendes chamada “Jovens do Futuro” que nos projeta na Amazônia do 2120, num futuro que está acontecendo agora, aqui, na medida das nossas escolhas.
Para criar um futuro, e termos um futuro, precisamos primeiramente ter a força, lucidez e imaginação de nos projetar no tempo, de ter uma visão positiva da vida, para que nos guie. A vida entendida na sua essência de inter-relações evolutivas entre todas as espécies. E aí vem o ser humano, jovem espécie confusa e errante, porém visionária e altamente criativa na sua essência, capaz de antecipar, viajar no tempo, imaginar mundos.
O mundo que estamos imaginando é o mundo de Chico Mendes em 100 anos, dos povos unidos da floresta Amazônica, como de todos os povos do planeta também, que no ano 2120, após dramáticas catástrofes devida a crises ecológicas da época Antropocena, a humanidade teve uma evolução da consciência no entendimento da interdependência e interconexão com todas as espécies e com a biosfera, intimamente conectado com a vida que gera condições para a vida.
Este novo ser humano que evoluiu na crise climática (como eventualmente já tinha acontecido antes com o homo-sapiens), desenvolveu uma nova consciência, entendendo a fundamental importância da solidariedade em todos os níveis da vida.
O ser humano do 2120 entende que o nosso corpo está composto de bilhões de organismos, a floresta um organismo de trilhões de outros organismos e finalmente o planeta Terra, um organismo vivo, composto de decilhões de organismos, onde o todo está em um e um está no todo.
Os povos ancestrais da floresta já tinham enxergado e avisado sobre a decadência da civilização ocidental autocrata, mecanicista, centralizada e monetizadora da natureza, usada com recurso infinito, sem amor, compaixão e respeito da terra e da sabedoria das civilizações ancestrais.
Agora na nova era, os povos da floresta realizam o seu sonho e outros povos, livres de nações sem bandeiras, colaboram numa rede descentralizada e compartilhada de produção de alimentos, pesquisas e desenvolvimento de biotecnologias e medicinas naturais, criam novas formas de habitar o planeta inspirada na tecnologia da natureza e envolvem a espécie humana numa consciência ecológica profunda. A floresta renasce na Amazônia e se prolifera em todo o continente, conectando com a Mata Atlântica e espalhando nos outros continentes, graças ao ser humano, como grande jardineiro do Éden aqui na terra.
Nesse contexto, milhões de seres humanos convivem na Florestania integrados de forma mutualista, altamente sustentável, num futuro que já está aqui, quando a gente consegue visualizar ele.
A exposição Amazônia 2120 propõe esta visualização do futuro, sem pretensão de oráculo nem de experiência temática, mais sim de uma projeção no tempo espaço aspiracional, positivo e brilhante, onde está o Chico Mendes escrevendo esta carta. Porque só assim este futuro vai acontecer mesmo.
A exposição é uma escultura interativa, uma cápsula, um cristal, um caleidoscópio de visões geométricas e fractais incompletas, onde a história se conta através de projeções audiovisuais, reflexos e múltiplas dimensões arquitetônicas. Nesse apparatus multissensorial a criatividade e intuição dos visitantes trabalhar ativamente para mover a energia dessa máquina do tempo se fortalecer e finalmente decolar!
No dia 06 de Setembro 2020, juntos a lideranças de 20 países reunidos em uma manifestação online, celebramos a carta do Chico Mendes graças a parceria com Coy Freitas e Duo2 participando numa produção de conteúdos visuais e curadoria de ritmos e melodias eletrônicas futuristas e ancestrais de nomes como Dudu Marote, Xaxim, Gerra G, Reple, Spaniol, Kika Deeke numa live.
Formato: Projeto do Pavilhão e performace online
Descrição do Trabalho: Arquitetura hybrida
Equipe de Projeto
Autor: Atelier Marko Brajovic
Diretor Criativo: Marko Brajovic
Diretor de Projeto: Bruno Bezerra
Arquiteto Responsável: May Shinzato
Parceiria: Duo2, Coy Freitas